REUSE, REUTILIZE, RECICLE.

Por muitos anos a moda é sinônimo de elegância, estilo, poder e status. Com o avanço da industrialização, o mercado têxtil ganhou força, e a máquina de costura se tornou mais acessível e popular, conquistando diversos públicos. Já no século XX a moda deu uma repaginada e juntamente com o cinema, a arte, a música e até a política, as pessoas passaram a ter mais autonomia para escolher suas vestimentas e adotar um estilo próprio.

É claro que com isso nasceu uma excelente oportunidade de negócios. A moda caiu no gosto do povo. Com tantas mudanças ocorrendo à velocidade da luz, o avanço da tecnologia modificou as relações e as formas de consumo, trazendo à tona a necessidade de consumo rápida e acelerada, e com isso veio a precarização do mercado de trabalho, explorando a mão de obra e poluindo e desgastando fortemente o meio ambiente.

Sabe-se que a moda é uma das indústrias que mais poluem o meio ambiente, o poliéster para ser produzido necessita de milhões de barris de petróleo e demora cerca de 200 anos para se decompor, a viscose ( tecido feito da celulose) necessita da derrubada de milhões de arvores para ser produzida, e até mesmo o algodão, que se não for oriundo de uma plantação orgânica, são utilizados pesticidas que causam danos ao solo e à agua, além de necessitar de muita água para ser produzido.  Sem contar no couro né?!

O modelo de consumo fast fashion – lançamento de diversas coleções ao longo do ano, preços baixos e roupas com pouca qualidade- além de incentivarem um consumo desenfreado, geram muito lixo, consumo de matéria prima não sustentável e ainda,  péssimas condições de trabalho.

As empresas estão tentando se adaptar à pressão da sociedade pela busca por marcas mais preocupadas com o meio ambiente, com as pessoas e animais, mas os passos são lentos.  Enquanto isso podemos adotar algumas medidas que vão contra essa moda destruidora e fazem um bem danado para nosso bolso, nossa consciência, nosso estilo e claro, para o NOSSO planeta.

A moda sustentável nada mais é que ter um consumo consciente. Isso significa que devemos CONHECER as marcas que gostamos de comprar, como são as suas práticas de extração de recursos, como é o processo para transformá-los em materiais e produtos, como valorizam sua mão de obra e por fim, o uso e o descarte de seus materiais. Devemos REPENSAR na quantidade de roupas que precisamos ter no guarda roupa, priorizar roupas de maior qualidade pensando num maior aproveitamento da peça e diminuição de descarte, reciclar, customizar as peças que já enjoamos, procurar por modelitos especiais em brechós, emprestar ( e pedir emprestado) aquele vestido de festa usado só uma vez, como também trocar com as amigas aquela roupa que já sai andando sozinha que você adora, mas não aguenta mais ver. A moda não é descartável! Ela é sim, MUITO reutilizável e a moda vai e volta… . Você não precisa comprar peças novas a cada nova coleção.

As etiquetas não mostram a quantidade de anos que as peças demoram para se decompor, nem o dano causado por sua produção em massa e MUITO MENOS não mostram quem você é. Agora sua forma de consumo, essa sim, mostra sua personalidade, escancara. Quem é você enquanto consumidor?!

Consumo consciente é liberdade!

A moda sustentável não é uma tendência, viver com menos não é “modinha”, é a REALIDADE de quem tem AMOR, primeiro por si próprio (não precisamos provar nada para nínguem né?!), segundo, terceiro e mil vezes pela natureza, meio ambiente e pelo planeta que nos fornece TANTAS coisas maravilhosas.

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